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CELULAR E O EMPREGO


Sim, você já passou por isso… Se você já foi funcionário de alguém, já sofreu com a dúvida.


Se você sempre foi patrão provavelmente ainda vacila na decisão entre proibir de vez o uso de celulares e dispositivos eletrônicos na empresa ou liberar de vez… tudo bem, relax, você não é o único.


A grande maioria dos empresários paulistas (73%) ainda são adeptos da proibição total.

Para a Justiça do Trabalho o patrão pode proibir o uso de equipamentos eletrônicos e celulares no trabalho e até punir os desobedientes.


Se você é do tipo que não desgruda do celular no ambiente de trabalho, precisa saber que seu emprego corre perigo. A Justiça entende que as empresas podem demitir o empregado que faz uso indiscriminado do aparelho e de aplicativos como WhatsApp.


A dispensa, inclusive, pode ser por justa causa, modalidade que, além de sujar o nome do profissional, retira do funcionário vários direitos trabalhistas, incluindo a multa do Fundo de Garantia.


Isto significa que durante o horário de trabalho os funcionários não podem ter contato com o mundo “lá fora”, exceção ao mundo “lá fora” que esteja “conectado” com o trabalho desenvolvido “aqui dentro”.


Se o trânsito externo irá comprometer nossa entregas devemos saber e tomar ações corretivas imediatamente, mas se esta informação for usada para avisar algum parente que esteja no transito não, isto não pode….


Já houve um tempo onde pessoas e famílias não tinham telefones. As empresas pagavam uma fortuna para ter uma linha telefônica para uso exclusivo nas questões do trabalho.


Nesta época as proibições no ambiente de trabalho estavam restritas as conversas entre funcionários, saídas para ir ao banheiro, tomar café, e estar parado “coçando o saco”. Sim… não podíamos estar parados… Sorte que ainda tínhamos nossos pensamentos, estes sim impossíveis de se proibir…


Atualmente além destas restrições as novas gerações de trabalhadores (Y, Z e Millennium), criados no mundo virtual desde cedo, mais curiosos e mais inteligentes por natureza e pelo contexto, ainda precisam entrar para o trabalho e deixar na portaria seus celulares, tablets e diversos outros dispositivos eletrônicos.


São monitorados no uso da internet (somente para o serviço) e continuam não podendo, claro, “coçar o saco” no trabalho.


Para aumentar a dificuldade dos envolvidos, sejam patrões ou empregados, neste nosso mercado globalizado atual dificilmente alguma empresa deixa de ter a necessidade de tratar com itens, serviços ou parceiros estrangeiros.


A empresa perdeu os muros e o terreno lateral se estendeu até o fim do mundo… A comunicação deixou o mundo do tamanho da Zona Leste de São Paulo.


Estes mesmos recursos pessoais como celulares, aplicativos, internet e outros são cada vez mais necessários para comunicação no mercado globalizado.


Mudaram apenas em dimensão e complexidade, mas as necessidades humanas de comunicação continuam contrárias as vontades e “barreiras” impostas pelos donos do capital que, não sabendo como separar o trabalho do entretenimento, muitas vezes optam não permitir coisa alguma.


Por que os interesses de funcionários e patrões continuam sendo tão diferentes no ambiente de trabalho? Apesar de estarmos no seculo 21 continuamos com problemas de gestão do século 19.


Não seria possível o próprio funcionário cuidar de não abusar, não atrapalhar, não correr riscos de acidentes, fazer o seu trabalho, ouvir música, se comunicar com amigos, interagir e ainda talvez, ser feliz no emprego?


Observo alguns empresários criarem uma série de regras e procedimentos internos, implementarem softwares de controle de acesso, câmeras para verificação do comportamento alheio online… Gastam energia e dinheiro para fiscalizar os funcionários.


Poucos entendem a necessidade de integrar seus funcionários ao trabalho pela motivação derivada da participação em objetivos e metas definidas conjuntamente.


Insistem em tentar ganhar as batalhas do mercado lutando sozinhos e ainda controlando o comportamento de funcionários, supervisores, gerentes e demais envolvidos nos processos de negócio da organização.


Para nossa alegria observo e apoio alguns outros: aqueles que entendem que sem educação, sem orientação e sem a participação nas decisões não é possivel comprometer os envolvidos em metas e objetivos.


Quando conseguimos transformar um grupo em uma equipe motivada a atingir objetivos comuns as diferenças diminuem, o foco no uso do tempo disponível passa a ser uma preocupação de todos…


O celular deixa de ser o vilão, de ser a desculpa, o tempo ocioso, a improdutividade e passa a ser algo corriqueiro e normal, como espirrar…


“MOTIVAÇÃO É A ARTE DE FAZER AS PESSOAS FAZEREM O QUE VOCÊ QUER QUE ELAS FAÇAM PORQUE ELAS O QUEREM FAZER”. Dwight Eisenhower
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