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PROCESSOS QUE VALEM A PENA


O processo do seu negócio “vale a pena”? Às vezes parece muito trabalho para pouco rendimento?


Veja bem, toda a nossa engenharia, toda a ciência conhecida e a malandragem adquiridas ao longo de décadas de estudo do trabalho visam aplicar ao processo de fazer coisas a seguinte lógica: UTILIZAR UMA SEQUÊNCIA LÓGICA DE TAREFAS COM MENOS RECURSOS E NO MENOR TEMPO POSSÍVEL.


Em resumo, utilizar um processo que valha a pena… que compense a dor de cabeça…

E por curiosidade, sabe de onde vem a expressão “VALER A PENA”…? “Pena” vem do grego poiné, nome do dinheiro dado por um assassino aos parentes de sua vítima – um tipo de indenização da época. Determinado indivíduo deveria “valer a pena” para o matador da mesma forma que para a sua família…


Muitos dos processos utilizados nas empresas não “valem a pena” para o empreendimento, outros não “valem a pena” para o produto em si, muitos outros são uma verdadeira perda de tempo, não “valem a pena” nem para o empreendimento, nem para o produto e nem para os clientes…


Obviamente estou falando de casos de insucesso e que logicamente não devem demorar para levar o empreendimento a justificar a estatística do IBGE, onde 60% das empresas são fechadas dentro dos primeiros 5 anos de vida.


A definição do melhor processo para execução de um determinado trabalho levará em consideração muitos aspectos inerentes às características do próprio negócio.


Algumas variáveis serão determinantes na divisão das tarefas e dos recursos a serem utilizados.

Vejamos algumas das perguntas que devem ser respondidas para suportar esta definição:


  • Quantidade de peças do lote, ou ainda, quantas vezes executaremos este serviço?

  • O produto se move até as pessoas ou as pessoas é que se movem sobre o produto?

  • Qual é o grau de variabilidade do produto ou do serviço que estamos estudando?

  • Quanto à disponibilidade teremos uma produção seriada ou sob encomenda?

  • Quais são os quesitos de qualidade do produto ou serviço em estudo?

  • Qual o prazo combinado com o cliente? Qual é o tempo do ciclo de produção?


Devido às muitas variações de respostas possíveis e do conjunto de situações diferentes, tudo isso parece muito complicado, e realmente é.


Mas infelizmente muito do que se aplica nas empresas atualmente é derivado do conhecimento do especialista mais velho na posição e não de estudos de métodos e processos aplicados ao empreendimento.


O Sr. Dorival decidiu abrir uma loja de sapatos na Rua Guaicurus, em São Paulo no ano de 1993…e por quê? Porque não queria mais trabalhar para outras pessoas.


Alugou uma loja, trouxe a esposa para ajudar e começaram comprando e vendendo sapatos, ele no atendimento comercial e ela no caixa e administração da empresa.


Na contramão das estatísticas do IBGE o negócio foi crescendo e com isso logo no primeiro ano da empresa foi necessário contratar outro vendedor e um garoto para administrar o estoque de pares de sapato.


Hoje, passados 24 anos de muita luta, a loja cresceu muito. Com um quadro de 12 funcionários, um faturamento quase oito vezes maior que no primeiro ano de vida e muitas histórias para contar, o Sr. Dorival não está nem um pouco contente.


As despesas e custos somados empatam com a receita da empresa. A quantidade de funcionários da loja não permite aquela “tranquilidade” imaginada nos tempos iniciais… Sempre tem algum conflito para ser resolvido, afinal estamos tratando com gente…, como diz Sr. Dorival.


Exceto pelo sistema de emissão de cupom fiscal implantado a contragosto por exigência da prefeitura, nada mais na administração da empresa é diferente daquele ano de 1993.

A forma como os vendedores atendem, as fichas de pedidos, as entradas e saídas do caixa, as retiradas e entradas do estoque, enfim…, todos os processos são iguais, e pela lógica utilizada, um maior volume de vendas implicou em maior número de pessoas.


Palavras do Sr. Dorival: este negócio “NÃO VALE A PENA” Não mais como valeu um dia.


A lógica utilizada de que um maior volume de trabalho requer um maior volume de pessoas está na raiz dos negócios ou processos que “não valem a pena”.


O estudo racional das formas possíveis de arranjo do trabalho, a divisão coerente das tarefas e recursos somados ao uso de modernos softwares de controle proporcionariam à loja do Sr. Dorival a possibilidade de trabalhar com o mesmo volume de vendas, porém com um número muito menor de funcionários.


Os processos de trabalho devem, inclusive, seguir as tendências do mercado quando em alguns casos trarão maiores benefícios ao negócio, como seria o caso de uma loja virtual de sapatos como forma de ampliar as possibilidades de atendimento na loja do Sr. Dorival.


Mudanças de processo, sejam por atualização dos produtos ou desenvolvimento de novas tecnologias, requerem estudos de capacidade e adequação de recursos, demandam disposição e coragem para “valerem a pena”.


“QUANDO VOCÊ VÊ UM NEGÓCIO BEM-SUCEDIDO É PORQUE ALGUÉM, ALGUM DIA, TOMOU, UMA DECISÃO CORAJOSA.”                       Peter Drucker

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